É natural que gestões mudem rumos e implantem novos projetos, mas negar fatos históricos e conquistas concretas é um desserviço à educação e à memória coletiva. A afirmação recente de que nunca houve uma Feira de Ciências nas escolas municipais, por exemplo, é facilmente desmentida por registros fotográficos, relatos de professores, alunos e comunidade escolar que participaram ativamente de eventos que promoveram o pensamento crítico e a criatividade dos estudantes.
O mais preocupante é que, além da tentativa de apagamento histórico, há também relatos de que as atuais "amostras científicas" vêm sendo implementadas de maneira pouco participativa. Diferente das edições anteriores, em que os alunos desenvolviam suas próprias pesquisas com orientação dos professores, agora muitos projetos chegam prontos às escolas, com pouca margem para reflexão, debate ou autoria dos estudantes. Isso compromete não só o aprendizado como também o entusiasmo dos jovens, que perdem o prazer de descobrir, criar e experimentar.
Relembrar é preciso, e, felizmente, há provas concretas que mostram o quanto as escolas da rede municipal já foram protagonistas de belas iniciativas científicas. As imagens das feiras realizadas em anos anteriores não apenas desmentem a falsa narrativa atual, como também despertam a saudade de um tempo em que a educação local valorizava o protagonismo do aluno. Que essas memórias sirvam de inspiração para que Afonso Bezerra retome o caminho do incentivo à ciência, à curiosidade e à verdadeira construção do conhecimento
terça-feira, 29 de julho de 2025
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