A gestão municipal de Afonso Bezerra, sob o comando do prefeito Haroldo de Jango (União Brasil), tem sido marcada por atitudes que levantam questionamentos sobre lealdade, coerência política e compromisso com aliados e com o próprio vice-prefeito, Thiago Castelo (PL). Recentemente, ações do prefeito têm gerado desconforto e críticas, especialmente no que diz respeito ao evidente desprestígio ao vice-prefeito e à exclusão de aliados que foram fundamentais para sua eleição, enquanto adversários políticos ocupam espaços de destaque na administração.
Um exemplo claro desse desprestígio foi a decisão de Haroldo de Jango de enviar o ex-prefeito Jackson Bezerra para representar o município na XXIV Marcha dos Gestores e Legislativos Municipais, em Brasília, entre os dias 22 e 25 de abril de 2025. A Marcha é um evento de grande relevância, onde gestores buscam recursos e parcerias para seus municípios. Tradicionalmente, espera-se que o vice-prefeito, como figura de confiança e segundo na linha de comando, assuma papéis de representação em momentos como esse. No entanto, a escolha de Jackson Bezerra, um ex-prefeito, em detrimento de Thiago Castelo, foi interpretada como uma clara demonstração de desvalorização do vice-prefeito, deixando-o à margem das decisões e eventos importantes do município.
Essa atitude não apenas enfraquece a imagem do vice-prefeito, mas também levanta questionamentos sobre a coesão da gestão. Thiago Castelo, que deveria ser um parceiro estratégico na administração, parece ter sido relegado a um papel secundário, sem o devido reconhecimento ou espaço para contribuir com o município. Tal postura do prefeito alimenta especulações sobre divisões internas e falta de alinhamento político, o que pode comprometer a governabilidade e a confiança da população na gestão.
Além disso, outro ponto que tem causado indignação entre os apoiadores de Haroldo de Jango é a exclusão de aliados que foram peças-chave durante sua campanha eleitoral. Muitos dos que trabalharam incansavelmente para garantir sua vitória em 2024 têm se sentido abandonados, sem espaço ou reconhecimento na administração municipal. Enquanto isso, a prefeitura tem aberto as portas para adversários políticos, que, surpreendentemente, ocupam cargos e funções estratégicas. Essa inversão de prioridades tem gerado um sentimento de traição entre os aliados, que questionam a lealdade do prefeito àqueles que o apoiaram em momentos decisivos.
A inclusão de adversários políticos na gestão, ao mesmo tempo em que aliados são deixados de lado, sugere uma estratégia que pode estar mais alinhada a interesses pessoais ou acordos políticos de bastidores do que ao compromisso com o projeto coletivo que levou Haroldo de Jango ao poder. Essa prática não apenas desmotiva os aliados, mas também pode fragilizar a base política do prefeito, dificultando a construção de uma gestão coesa e alinhada com os anseios da população.
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