
O café da manhã do natalense ficou mais caro no primeiro semestre de 2025. Isso porque o pó de café, a margarina e o pão francês, três insumos populares e comuns na mesa dos consumidores, tiveram os maiores aumentos registrados entre janeiro e junho deste ano, segundo pesquisa do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon). Além deles, a carne de primeira e o pescado também fecham o top-5 de maiores aumentos registrados pelo órgão entre janeiro e junho de 2025.
Segundo os dados do instituto, que pesquisa mensalmente 40 produtos da cesta básica em 26 supermercados e estabelecimentos de Natal, o pó de café foi o que registrou a maior variação no semestre: 20,53%. A margarina, comumente utilizada para passar no pão, fazer biscoitos, bolos e fritar ovos, por exemplo, ficou em 2º lugar na capital potiguar, com aumento de 10,93%. O pão francês aparece na sequência, com aumento médio de 2,15%. Por sua vez, a carne de 1ª e o pescado apresentaram variações semestrais de 0,83% e 0,68%, respectivamente.
“Essa alta acumulada de quae 6% [cesta básica de Natal acumulada em junho] tem sido fruto de uma alta que atinge o mercado como um todo. Temos a influência de elevação do dólar, temos as questões da sazonalidade, como o café, por exemplo. Estamos atravessando uma entressafra. As secas, geadas e queimadas tiveram impacto significativo sobre produção e o que é que acontece: quando o mundo todo passa por esse problema de entressafra, vai gerar uma alta na procura, o que faz com que os preços se elevem. Isso tem um reflexo direto no mercado interno, tanto que tivemos subidas significativas no café. É importante salientar que essa composição desses itens é de uma cesta básica que considera família de quatro pessoas”, explica o economista e ex-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), Helder Cavalcanti.
Na semana passada, o Procon Natal divulgou a pesquisa acerca dos itens da cesta básica do mês de junho. No mês passado, foi observada variação positiva em todas as categorias em comparação ao mês de maio. A categoria mercearia apresentou aumento de 0,11% e o açougue de 0,44%. As categorias de higiene/limpeza e hortifrúti também registraram elevação nos preços: 1,50% e 0,50%, respectivamente.
“Apesar de Natal figurar entre as capitais com o menor valor absoluto da cesta básica, a pressão acumulada sobre produtos essenciais acende um alerta: o impacto sobre a renda do consumidor é real e crescente. O Procon Natal segue monitorando os preços com frequência mensal e reforça a importância de práticas como pesquisa de preços, substituição de itens e consumo consciente”, explica Dina Pérez, diretora-geral do Procon Natal.
Tribuna do Norte
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